sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A cor do meu Medo,...

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."
(William Shakespeare) "Evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio de ser infeliz."
(Autor desconhecido)
"Todos nós vivemos devorados pela necessidade de ser amados, mas temos medo da insegurança de amar." (Autor desconhecido)
No outro dia enquanto percorria uns sites na Internet, descobri um site com muitos programas esotéricos, psíquicos, e de realização mental, achei alguma graça e comecei a experimentar, uns e outros... Quando dei por mim já tinha feito quase todos uns porque eram incentivadores e outros pela curiosidade em si... após percorrer quase todo o site vejo um que diz, descubra a cor do seu medo, achei esquisito e de repente nem me suscitou muito interesse,... Mas passados uns dias voltei lá e decidi fazê-lo e nem queria acreditar que o meu medo tinha mesmo uma cor... que o identificava com todas as nuances implícitas nele... Dei por mim a ler e a reler aquele texto que tão bem caracterizava os meus anseios, as minhas tristezas lacunas os meus vícios os meus traumas e pensei que vivo sobre o meu medo, sobre o medo de viver, de dar uma oportunidade a mim mesma de ser feliz, que é para mim mais fácil não me entregar porque assim sei sempre o fim da história, do que me entregar e ter sempre duas hipóteses ser ou não ser feliz... Ontem quando reencontrei uma amiga, e ela me dizia entrega-te à vida, achei piada que logo a seguir ela abriu um parêntesis para me dizer que ela também só tinha a teoria porque a prática nem vê-la... e sim, concordo por norma é nos mais fácil dizer aos outros avança do que nós próprios avançar-mos porque se as coisas correrem mal não somos nós que o sofremos na pele (irónico não?!) Sai de junto dela e pensei, bolas, se não percorreres o caminho como saberás se aquele é, ou não o teu caminho, nunca o saberás ficarás sempre na dúvida do que poderia ser ou não ser... Tenho medo do engano, do desconhecido, da mentira, da falsidade, da hipocrisia, mas com tudo isso eu aprendi a lidar faz parte da vida da sociedade onde nos inserimos... mas tenho medo do coração, assemelho-o a uma criança irrequieta que quanto mais lhe dizemos para ela parar quieta mais ela se irrequieta sem a conseguir-mos controlar, só existe uma maneira... isolarmo-nos do mundo, da vida... mas que adianta fazer-mos isso só tira o sentido do que realmente estamos cá a fazer... O conselho que dou é vivam sem pensar muito no futuro, apenas no presente, porque quem vive a pensar no futuro não vive, apenas idealiza, mas quem pode recriminar os sonhos... ninguém é disso que vivemos... é neles que vamos buscar forças... na expectativa que o dia de amanhã seja sempre melhor que o de hoje...
"À medida que nos libertamos de nossos medos, nossa presença automaticamente liberta outros." (Harriet Rubin)

1 comentário:

José Martins disse...

O medo é uma coisa curiosa. Passamos a vida a tentar evitar o que nos rodeia, com medo.

O meu conselho é: quando o medo te surgir à tua frente, não fujas. Olha-o de frente e ouve o que ele diz. Se o fizeres, o medo vai falar-te de ti. Vai dizer como é que o podes vencer e seguir em frente.
Não tenhas medo do medo. Vive com ele e abraça-o. Só assim conseguirás seguir em frente. :-)