quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Num Cavalo Azul...

AZUL Acariciado por madressilvas no lugar das rédeas, o cavalo azul encontrou par. E em cópula atravessou a noite. Que se fizera fértil. Chegando das selvas de junco, o deus de anil repousa do coito ininterrupto. E em campo de feno ganha forças de recomeço. Plumas de pavão envolvendo-lhe o corpo. Atravessando rios, ele contempla a sede, para galopar dia e noite. Patas azuis. Olhos de andorinha cavalgando hortênsias. Ele veio do mar. Às origens retornará. AZUL. (Miriam de Carvalho)
Estava à procura de algo que pudesse transcrever o dia de sexta-feira e fiz uma busca na internet "cavalo azul" na verdade queria encontrar uma imagem e depois escrever algo, depois de abrir algumas páginas descubro este poema com alguma carga mais... intima diria eu... e que na verdade me parecia um bom tributo ao referido dia... ao teu cavalo azul...
Beijos de saudades...

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